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sábado, 16 de janeiro de 2010

Esgoto sem final

Jonas Antunes

 

 

    É de conhecimento geral o real objetivo dos esgotos: escoamento; para tanto, eles devem conter início (origem - local de onde algo deverá ser retirado -) e o fim (destino - local onde algo deverá ser jogado - o escoamento). Há, porém, "aqueles que só têm o início". Viaja até certo ponto e... Imagina só!

    A coisa é ainda mais desagradável quando "esse esgoto" deveria atender a uma população, a um povo que, diga-se de passagem, é muito sofrido e que, desde sua origem, não pôde ainda contar com esse essencial componente das moradias urbanas.

    Segundo pesquisa do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no Brasil, apenas 70% da população tem acesso a esse serviço salutar e importantíssimo para a prevenção de muitos males. Quando se trata de Nordeste, essa realidade é ainda mais agravada. A grande maioria dos nordestinos não possui esgoto em suas casas - há um grande número de nordestinos que nem sabem o que isso significa, nunca sequer tiveram a oportunidade de ver um esgoto, muito menos seu funcionamento.

    Se fizermos aí uma referência ao Piauí - tido como um dos Estados mais pobre da Federação -, a situação alcança uma magnitude estrondosa. Se a referência focalizar a região sul do Piauí, aí, meu amigo, o problema toma uma dimensão espantosa, tão espantosa que político nenhum pode, ao menos, imaginar.

    Bom, uma cidade do sul-piauiense, mais precisamente, Canto do Buriti - PI, com pouco mais de 20 mil habitantes, encaixa-se perfeitamente nas descrições acima; ou seja, seus habitantes não dispõem de serviço de saneamento básico. Sucede que, entre 2005 e 2007, ela foi contemplada com uma Emenda Orçamentária para a construção de uma rede de esgotos que beneficiaria uma pequena parcela de seus moradores.

    No início de 2008 - ano de eleições municipais - foi dado início à construção dessa obra que atenderia, inicialmente, o centro urbano, ou seja, as principais ruas da cidade. Por uma razão justa, calçamentos foram danificados, os vestígios do que, antes fora asfalto, sofreram enormes alterações e até construções - casas - foram atingidas. A cidade ficou, por certo período, em más condições de tráfego. Mas os fins se justificavam e a sociedade conviveu com certo caos, mas mesmo assim, deu sua parcela de contribuição; encarando aquilo como algo que traria bons resultados.

    Infelizmente aconteceu aqui o que acontece em quase todo Brasil em que, geralmente as obras públicas são apenas iniciadas; e hoje, quase um ano depois, as ruas continuam com enormes e contínuas fendas. Fendas essas que tanto atrapalha como incomoda a quem transita em nossa cidade, principalmente, aos idosos. E quem mais sofre com isso é o cidadão que paga impostos e mantém os "home" no poder. Não sabemos o que causou a paralisação da obra, mas sabemos que o esgoto continua sem um final.

Regresso do progresso

     Demorou mas, até que em fim, temos algo a comemorar. Depois de muito tempo, surge uma "OBRA" em nossa cidade. Olhem para uns postes da rede elétrica (Praça Santana frente a RJ celulares; calçada do Dr. Washington, etc). Bela atitude, boa obra.
      Em 2009, nosso admistrador supremo, pode manusear quase 15 milhões de reais, pelo menos isso saiu. Legal.
       Sabemos das dificuldades e dos compromissos (obrigações) as quais o município está sujeito, porém não justifica certas indiferenças por conta dos administradores de nosso patrimônio(nossa cidade).
        Haverá dia em que possamos compreender e partilhar da condução desenvolvimentista do que pertence a nós.
       Esclareço porém que a culpa maior está em nós mesmos que não sabemos selecionar nossos administradores, nem mesmo para os mais modestos cargos. Vez por outra vemos e ouvimos relatos de pessoas que foram lesados pelos seus rmpregados. Depois de feito, inútil tentar reaver, resta-nos a alternativa de troca dos administradores. Isso se extende perfeitamente aos representantes e administradores (gestores) públicos. Muito cuidado na hora de aprová-lo para referido cargo. Pense nisso!